Lendas Yemanjá
I
Filha de Olokum, deusa do mar, Iemanjá era casada com Olofim-Odudua com quem tinha dez filhos orixás. Por amamentá-los, ficou com seios enormes. Impaciente e cansada de morar na cidede de Ifé, ela saiu em rumo oeste, e conheceu o rei Okerê; logo se apaixonaram e casaram-se. Envergonhada de seus seios, Iemanjá pediu ao esposo que nunca a ridiculariza-se por isso. Ele concordou; porem, um dia, embriagou-se e começou a gracejar sobre os enormes seios da esposa. Entristecida, Iemanjá fugiu.
Desde menina, trazia numa garrafa uma poção, que a mãe lhe dera para casos de perigo. Durante a fuga, Iemanjá caiu; quebrando a garrafa; a poção transformou-a num rio cujo leito seguia em direção ao mar.
Ante o ocorrido, Okerê, que não queria perder a esposa, transformou-se numa montanha para barrar o curso das águas. Iemanjá pediu ajuda ao filho Xangô, e este, com um raio, partiu a montanha no meio; o rio seguiu para o oceano e, dessa forma, a orixá tornou-se a rainha do mar.
II
Yemonjá, grande orixá das águas, era filha de Olokun, o senhor dos oceanos. Era possuidora de um grande instinto maternal, que fez dela mãe de dez filhos. Embora casada, não tinha grande apego por seu marido. Às vezes, pensava em deixá-lo, mas ele era um homem muito importante e poderoso, e não permitiria tal desonra. Yemonjá também pensava no bem-estar de seus filhos, não podendo deixá-los desamparados.
Seu marido usava o poder com tirania, inclusive com sua família, tornando a vida dela insuportável. Ela não agüentava mais se submeter aos caprichos de um homem que ela desprezava.
Ela procurou seu pai para aconselhar-se sobre a atitude que deveria tomar. No fundo, ela já estava decidida a fugir, mas precisava de seu apoio. Olokun não a recriminou, pois ela era uma soberana e, como tal, não poderia aceitar o jugo de ninguém. Ele, então, deu à sua filha uma cabaça com encantamentos, para que ela usasse quando estivesse em perigo.
Yemonjá colocou seu plano em prática, fugindo com todos os seus filhos.
Quando ela já estava bem longe de sua aldeia, viu que estava sendo perseguida pelo exército de seu marido. Pensou em enfrentá-los, mas eles eram muitos e seria uma luta desleal. Yemonjá odeia os confrontos, pela destruição que causam, já que é um orixá propagador de vida.
Quando se sentiu acuada, resolveu abrir a cabaça e pedir socorro ao seu pai. Do seu interior escoou um líquido escuro, que, ao tocar o chão, imediatamente formou um rio, que corria em direção ao oceano.
Foi nessas águas que Yemonjá e seu povo encontraram um caminho para a liberdade.
III
Yemoja, deusa das águas rasas do mar; filha de Olokun, a deusa do oceano e de Oduduwa, o deus terra; é conhecida como a mãe das mamas chorosas, porque de seus seios rompidos nasceram todos rios e riachos, todos cursos d'água, pequenos e grandes, sobre a face da Terra
Seu nome é Yeye Omo Eja, a mãe que tem filhos peixes.
Esposa do rei Okere, de Saki, uma província perto de Abeokuta, fez com ele um pacto: ele nunca falaria que ela tinha seios imensos, pois havia amamentado muitos filhos, e ela não reclamaria do seu hábito de abusar do emu, vinho de palma.
Tendo o rei Okere uma noite bebido mais do que devia, ao chegar em casa totalmente bêbado não viu que ela dormia perto da porta e tropeçou em seu corpo. Yemoja acordou assustada, e começou a recriminá-lo. O rei Okere ficou muito bravo, atordoado, e ofendeu-a rindo de seus seios enormes, compridos e trêmulos.
Yemoja tinha consigo uma cabaça muito antiga, ganha de sua mãe Olokun por ocasião de seu primeiro casamento com o rei Olofin de Ife, também conhecido como o filho de Oduduwa, com o qual tivera dez filhos. Desesperada ao ouvir falar de seus seios, agarrou a cabaça, e correu para fora de casa, pretendendo fugir de seu marido. Tropeçou e a cabaça caiu no chão e se rompeu. Formou-se um rio que começou a correr para o mar. E o rio, correndo sempre, levava Yemoja em suas águas, para os braços de sua mãe Olokun. O rei Okere, vendo o rio levar sua esposa para longe dele, procurou um Bàbáláwo, consultou o Ifa e fez um grande ebo. O rio, então, parou de correr para o mar, e começou a levar Yemoja de volta a Saki. Ela gritou por Sàngó, seu filho mais poderoso, e um raio caiu, fendendo uma grande montanha, que bloqueou o caminho do rio. Olokun chamava sua filha para o oceano usando toda sua magia. O rei Okere fez muitos ebo para que sua mulher voltasse para ele. E o rio ia e vinha, para o mar e para a terra, com Yemoja em seu bojo. Em certo ponto, quando o rio e mar se encontraram, as forças mágicas de Okere e Olokun se igualaram, e Yemoja ali ficou.
Ela é o Òrìsà do rio Ogún, na Nigéria, e também é o grande delta, o ponto de encontro do rio com o mar. É nessas águas revoltas, doces e salgadas, que vive Yemoja. Ela é a junção do rio e do mar, o Òrìsà das águas rasas do mar. É também a protetora das famílias, aquela que mantém juntos os casais e seus filhos, e faz com que vivam em paz.
IV
Iemanjá seria filha de Olóòkun, deus (em Benin) ou deusa (em Ifé) do mar. Numa história de Ifá, ela aparece "casada pela primeira vez comOrunmilá, senhor das adivinhações, depois com Olofin, rei de Ifé,...Iemanjá, cansada de sua permanência em Ifé, foge mais tarde em direção ao Oeste. Outrora, Olóòkun lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparado, pois "não se sabe jamais o que pode acontecer amanhã", com a recomendação de quebrá-la no chão em caso de extremo perigo. E assim, Iemanjá foi instalar-se no "Entardecer-da-Terra", o Oeste. Olofin-Odùduà, rei de Ifé, lançou seu exército à procura de sua mulher. Cercada, Iemanjá, em vez de se deixar prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. Um rio criou-se na mesma hora, levando-a para Okun, o oceano, lugar de residência de Olóòkun (Olokum).
V
Iemanjá tem diversos nomes, relativos, como no caso de Oxum, aos diferentes lugares profundos(ibù) do rio. Ela é representada nas imagens com o aspecto de uma matrona, de seios volumosos, símbolo de maternidade fecunda e nutritiva. Esta particularidade de possuir seios mais que majestosos - ou somente um deles, segundo outra lenda - foi origem de desentendimentos com seu marido, embora ela já o houvesse honestamente prevenido antes do casamento que não toleraria a mínima alusão desagradável ou irônica a esse respeito. Tudo ia muito bem e o casal vivia feliz. Uma noite, porém, o marido havia se embriagado com vinho de palma e, não mais podendo controlar as suas palavras, fez comentários sobre seu seio volumoso. Tomada de cólera, Iemanjá bateu com o pé no chão e transformou-se num rio a fim de voltar para Olóòdun, como na lenda precedente.
VI
Quando Obatalá e Odudua se casaram, tiveram dois filhos: Iemanjá ( o mar ) e Aganju ( a terra ). Os irmãos se casaram e tiveram um filho, Orungã ( o ar ). Quando cresceu, Orungã se apaixonou pela mãe. Um dia, aproveitando a ausência do pai, tentou violentá-la. Iemanjá conseguiu escapar e fugiu pelos campos. Quando Orungã já a alcançava, ela caiu ao chão e morreu. Então seu corpo começou a crescer até que seus seios se romperam e deles saíram dois grandes rios, que formaram os mares; e do ventre saíram os Orixás que governam as 16 direcões do mundo: Exu, Ogum, Xangô, Iansã, Ossain, Oxossi, Obá, Oxum, Dadá, Olocum, Oloxá, Okô, Okê, Ajê Xalugá, Orum e Oxu.
VII
Iemanjá teve muitos problemas com os filhos. Ossain, o mago, saiu de casa muito jovem e foi viver na mata virgem estudando as plantas. Contra os conselhos da mãe, Oxossi bebeu uma poção dada por Ossain e, enfeitiçado, foi viver com ele no mato. Passado o efeito da poção, ele voltou para casa mas Iemanjá, irritada, expulsou-o. Então Ogum a censurou por tratar mal o irmão. Desesperada por estar em conflito com os três filhos, Iemanjá chorou tanto que se derreteu e formou um rio que correu para o mar.
VIII
Iemanjá foi casada com Okere. Como o marido a maltratava, ela resolveu fugir para a casa do pai Olokum. Okere mandou um exército atrás dela mas, quando estava sendo alcançada, Iemanjá se transformou num rio para correr mais depressa. Mais adiante, Okere a alcançou e pediu que voltasse; como Iemanjá não atendeu, ele se transformou numa montanha, barrando sua passagem. Então Iemanjá pediu ajuda a Xangô; o Orixá do fogo juntou muitas nuvens e, com um raio, provocou uma grande chuva, que encheu o rio; com outro raio, partiu a montanha em duas e Iemanjá pôde correr para o mar.
IX
Exu, seu filho, se encantou por sua beleza e tomou-a à força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, e bravamente Iemanjá resistiu à violência do filho que, na luta, dilacerou os seios da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu "caiu no mundo" desaparecendo no horizonte. Caída ao chão, Iemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokum e ao criador Olorum. E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como a lágrima, foi saindo dando origem aos mares. Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros na corte.
X
Ela é representada nas imagens com o aspecto de uma matrona, de seios volumosos, símbolo de maternidade fecunda e nutritiva. Esta particularidade de possuir seios mais que majestosos - ou somente um deles, segundo outra lenda - foi origem de desentendimentos com seu marido, embora ela já o houvesse honestamente prevenido antes do casamento que não toleraria a mínima alusão desagradável ou irônica a esse respeito. Tudo ia muito bem e o casal vivia feliz. Uma noite, porém, o marido havia se embriagado com vinho de palma e, não mais podendo controlar as suas palavras, fez comentários sobre seu seio volumoso. Tomada de cólera, Iemanjá bateu com o pé no chão e transformou-se num rio a fim de voltar para Olóòdun
XI
Olodumare vivia só no Infinito, cercado apenas de fogo, chamas e vapores, onde quase nem podia caminhar.
Cansado desse seu universo tenebroso, cansado de não ter com quem falar, cansado de não ter com quem brigar, decidiu por fim àquela situação.
Libertou as suas forças e a violência delas fez jorrar uma tormenta de águas.
As águas debateram-se com rochas que nasciam e abriram no chão profundas e grandes cavidades.
A água encheu as fendas ocas, fazendo-se os mares e oceanos, em cujas profundezas Olocum foi habitar.
Do que sobrou da inundação se fez a terra.
Na superfície do mar, junto à terra, ali tomou seu reino Iemanjá, com suas algas e estrelas-do-mar, peixes, corais, conchas, madrepérolas.
Ali nasceu Iemanjá em prata e azul, coroada pelo arco-íris Oxumarê.
Olodumare e Iemanjá, a mãe dos orixás, dominaram uma parte do fogo no fundo da Terra e o entregaram ao poder de Aganju, o mestre dos vulcões, por onde ainda respira o fogo aprisionado.
A outra porção do fogo eles apagaram e suas cinzas se espalharam pela Terra pelas mãos de Orixá-Okô, fertilizando os campos, propiciando o nascimento das ervas, frutos, árvores, bosques, florestas, que então foram cuidadas por Ossaim, que descobriu o poder curativo de todas as folhas.
Nos lugares onde as cinzas foram escassas, nasceram os pântanos e nos pântanos, a peste, dada pela mãe dos orixás ao filho Omulu.
Iemanjá encantou-se com a Terra e a enfeitou com rios, cascatas e lagoas.
Assim surgiu Oxum, dona das águas doces.
Quando tudo estava feito, cada natureza na posse de um dos filhos de Iemanjá, Obatalá, respondendo diretamente às ordens de Olorum, criou o ser humano.
E o ser humano povoou a Terra.
Lenda cedida por: Reginaldo Prandi - Professor de Sociologia da USP
XII
Yemanjá leva Oshalá à loucura
Olodumare fez o mundo e repartiu entre os orixás os vários poderes, dando a cada um um reino para cuidar.
A Eshu deu o poder da comunicação e a posse das encruzilhadas. A Ogun o poder de forjar os utensílios para a agricultura e o domínio de todos os caminhos. A Oxóssi o poder sobre a caça e a fartura. A Obaluaiyê o poder de controlar as doenças de pele. Oxumaré seria o arco-íris, embelezaria a terra e comandaria a chuva, trazendo sorte aos agricultores. Xangô recebeu o poder da justiça e sobre os trovões. Oyá reinaria sobre os mortos e teria poder sobre os raios. Ewá controlaria a subida dos mortos para o orun, bem como reinaria sobre os cemitérios. Oxum seria a divindade da beleza, da fertilidade das mulheres e de todas as riquezas materiais da terra, bem como teria o poder de reinar sobre os sentimentos de amor e ódio. Nanã recebeu a dádiva, por sua idade avançada, de ser a pura sabedoria dos mais velhos, além de ser o final de todos os mortais; nas profundezas de sua terra, os corpos dos mortos seriam recebidos. Além disso do seu reino sairia a lama da qual Oshalá modelaria os mortais, pois Odudua já havia criado o mundo. Todo o processo de criação terminou com o poder de Oxaguiãn que inventou a cultura material.
Para Yemanjá, Olodumaré destinou os cuidados da casa de Oshalá, assim como a criação dos filhos e de todos os afazeres domésticos.
Yemanjá trabalhava e reclamava de sua condição de menos favorecida, afinal, todos os outros deuses recebiam oferendas e homenagens e ela, vivia como escrava.
Durante muito tempo Yemanjá reclamou dessa condição e tanto falou, nos ouvidos de Oshalá, que este enlouqueceu. O ori (cabeça) de Oshalá não suportou as reclamações de Yemanjá.
Oshalá enfermo, Yemanjá deu-se conta do mal que fizera ao marido e, em poucos dias, utilizando-se de ori (banha vegetal), de omi-tutu (água fresca), de obí (fruta conhecida como nóz-de-cola), eyelé-funfun (pombos brancos) e esò (frutas) deliciosas e doces, curou Oshalá.
Oshalá agradecido foi a Olodumaré pedir para que deixasse a Yemanjá o poder de cuidar de todas as cabeças. Desde então Yemanjá recebe oferendas e é homenageada quando se faz o bori (ritual propiciatório à cabeça) e demais ritos à cabeça (ori)
XIII
Patakí sobre porque Yemanjá é a mãe dos Orixás
Yemanjá não encontrava com quem casar-se, mas um dia Odúdua decidiu casar-se com ela e dessa união nasceu um menino chamado Orungan. Um dia Orungan tratou de seduzir a sua mãe e esta correndo espavorida, enquanto este insistia. Já exausta, Yemanjá caiu no chão e do seu corpo começaram a brotar jorros de água formando um grande lago e dali surgiram as divindades seguintes: Olosa (divindade dos lagos), Olokun (divindade do fundo dos mares), Dadá (divindade dos vegetais), Xangô (divindade do fogo, do raio e do trovão), Oshún (divindade dos rios), Oyá (divindade das tempestades), Obá (divindade do comércio), Oricha-Oko (divindade da agricultura), Oxóssi (divindade da caça), Oke (divindade das montanhas), Ajé Xalugá (divindade das riquezas), Obalúayé (divindade das doenças) e Orun (divindade do sol).
XIV
Yemanjá Assessu
Orishá Mãe dos dois mundos, este mundo dos vivos e o mundo dos mortos em geral.
Sua missão, como Mãe, é velar pelos vivos e mortos como ninguém melhor que Ela pode fazer.
Conhecedora das misérias humanas, é Ela a que tem a compaixão infinita que nos ajuda nos nossos pesares.
Ela é a verdadeira dona do diloggun, método de comunicação com as Divindades e Deus, mas neste caminho por meio do qual Ela alcança que os mortos se comuniquem por meio dos búzios com este mundo.
Yemanjá Asesu, que sendo Mãe e Rainha deixa seus vestidos de gala para cobrir-se com o pó e a sujidade da terra onde estão depositadas todas as vergonhas, penas e misérias deste e do outro mundo; mas apesar disto, conhecemo-la como a que flutua sobre as águas para ser a advogada e mediadora entre Deus e os homens vivos e mortos.
Seu apronte leva babosas e areia do mar e do rio, sobretudo da areia mais escura da praia. Deusa muito trabalhadora, recebe de madrugada entre a penumbra da noite e a primeira claridade.
Leva entre as suas ferramentas um caracol de mar tipo babosa, que come sempre com ela. Sua taça ou sopeira fica assentada num tabuleiro de madeira com areia do mar e rio e a caveira da primeira cabra que comeu. Sua coroa adorna-se com 7 penas de pato.
Protectora incondicional de seus filhos que levam um búzio ou caracol para sua invocação e pedido de protecção.
Quando Yemanjá se viu violada por seu filho Ogun e foram descobertos por Obatalá, Ela, na sua dor, quis esconder-se dos olhares de seus filhos e de seu marido, enterrando-se no mais profundo da terra, lugar onde manchou a sua vestimenta e foi ai que ouviu a voz de Orunmilá que lhe pediu para Ela regressar ao mundo já que a sua missão era ser a Sagrada Mãe do Mundo. Ela, ao conhecer assim o pior deste mundo, regressa à terra para ocupar seu lugar sem rancor, com perdão para todos e com o amor mais puro que pode existir neste e no outro mundo: o amor de uma Mãe.
Protectora incondicional das mães que se acolhem a Ela para pedir solução para os vícios e problemas de seus filhos, nunca ignora a súplica de uma velha mãe e é ela quem as acolhe no seu seio quando partem.
Seus filhos a invocam dizendo: Ayuba Iya mo Aye.
Seu colar leva contas brancas e azul pálido ou azul claro e como adornos leva pequenos caracóis ou búzios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário